Ensaio pelos livros
Há 4 horas
Escrever com as mãos cheias de silêncio
A verdade, seja ela qual for, vou devolvê-la ao rio devoluto no fundo dos teus olhos. Pode ser que os meus, cansados de te amar à primeira vista, se transformem em horóscopos d´água e se deixem ficar, por mais uma noite, límpidos. Se tal não acontecer, paciência.
Porque tu, amor, tu e todas as máscaras pintadas a lápis de cor, são bengalas que se movem sozinhas dentro dos meus passos, são insónias que hão-de amadurecer e cair de sono à cabeceira da cama, quando elevarmos a verdade ao infinito e não restar outro caminho, senão apelarmos à memória para nos salvar da indiferença.