quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Narrativo
U
m horizonte cada vez mais sempre. Aqueles anéis de luz interrompidos quando. A mão que acaricia depois. Talvez uma alma circular que embate desde. O despertador que não trocou. Outra contradição íntima que entretanto.
Sempre. Sempre com palavras desarrumadas sobre a mesa. Quando. Quando o crepúsculo vier corrigir as linhas curvas dos meus passos. Em câmara lenta. Depois. Depois da raiz quadrada. Dois versos. uma quadra. De segredos divididos. Com uma máscara translúcida. Hipérboles. Tangentes. Ângulos vários sem métrica. Segmentos. Circunferências. Eixos. Hipotemusa de estranhos poemas. Números pares. Números divorciados e ímpares cada um par da sua solidão. Depois. Depois destes monólogos confusos. Com fusos horários trocados semeando ilusões nos calendários da memória. Desde. Desde o momento em que tentas excluir a exclusão sem perder a tua própria âncora. No fundo do mar. Entretanto. Entre tantos holofotes virados para o anonimato. Enquanto. Enquanto o semblante indiscreto de um olhar anonimata-me a luz do candeeiro ao relento de mim. Mesmo. Mesmo. Que a noite venha mastigar o barco de papel não vou cruzar os abraços. Na fronteira dos equívocos e gralhas. Enfrentarei a utopia com palavras de aço. Irei de boca em boca com uma explosão de tambores acústicos declamar. Pregar. Recitar. Narrar. O esplendor das nossas batalhas. Irei. Mesmo com uma alcateia de aranhas penduradas por detrás das vidraças. Vestígios carnais à tona da cama. Roupa por todo lado espelhada no chão. Espelhada nas escadas. Espelhos partindo. Fabulosamente pobres. Aquela cortina quase sem cor. Rente à alcatifa. Aliás. A cortina faz de porta. Espécie de biombo. Desde o nervo em que fui incapaz de dar um pontapé naquela porta de madeira enferrujada. Não. Apenas tentei afugentar uma mosca com a ponta do pé e sem querer derrubei as asas da fechadura dos segredos só de mim anónimos. desconhecidos. Os destroços em forma de alimento. A panela queimada por falta de esquecimento. A loiça para lavar a vontade espalhada na cozinha. A luz redondamente enganada por arrumar no tecto. O pano para varrer a preguiça de esfregar os olhos para te ver. No fim. Porque.
É festa-feira.
Amanhã será sábado o dia. Pois. Irei. Irei. Embora tímido nestas regras sem jogo. E Rei na longa paciência que é amar sem trono. Mesmo sem poesia nos bolsos para comprar o pão de cada verso. Mesmo desempregadamente no olho das ruas que me empregam partidas. Mesmo de prego em prego martelando as portas. Irei. Desocupado. Aprender mil línguas para te dizer um beijo. Em todas elas pedirei a absolvição da lâmpada lá em cima que te faz confundir as estrelas com as pedras. Sonâmbulas. Pedirei. Mesmo sabendo que em nenhuma delas te vou compreender.
Não vou cruzar os abraços. Vou excluir a exclusão. Voar alto. Sonhar baixinho. Antes que a noite chegue para mastigar o arco-íris de farrapos coloridos. E o vento regressar para me ressuscitar à chapada. Dizendo-me em tom de segredo. Acorda! Acorda meu filho. Acorda! Já é dia. Mas. Mas vocês enrolaram a corda à volta da língua um cronómetro antes do sono alcançar os olhos. Sim. Como vês. Só resta esta jangada. De papel e trapos. Mas. De aço como algodão. Algo tão delicado que as mãos dão em leveza e brandura para não quebrar a corda e o sono e a cama e a língua e o dia e o tom em segredo e as pedras e as estrelas e as máscaras e o arco-íris e a jangada e os papeis onde esqueci as vírgulas e a pontuação final nas nossas loucuras. Como vês. É no convés dela onde alvejo as ondas que anonimato cada vez que os martelos se recusam a absolver o silêncio enrolado na língua.
É do ar do fluxo marítimo que decifro o meu nome.
Porque não conheço sinónimos para o impossível.
Porque um verso são versões que os outros dirão.
Porque a grandeza da minha razão será sempre mais luminosa quanto maiores forem os lábiosrintos da minha simplicidade.

114 comentários:

OUTONO disse...

Monólogo em exercício de chamamento.

Carícia dúvida de encontro.

Força pessoal no outro abraço desejo.

Luz, pendente do obstáculo solto.

Eduardo, consegues cativar o embalo de quem te lê, até no difícil enredo da "ópera" que cantas sem fôlego.

Texto não fácil, à primeira. Texto segredo, à segunda. Texto criativo, só teu ...como sempre.

Abraço forte.

Heduardo Kiesse disse...

OUTONO

Sem dúvida!

Encanto sem fôlego estes movimentos expressivos, estas arquitecturas poemáticas em tons de humor subtil insultando a respiração das palavras e tudo porque:


- É DO AR DO fluxo marítimo que decifro o meu nome -

É deste ar que todos transpiramos, na respiração palavra a palavra!





Com amizade e estima


O teu amigo





É DO AR DO

Pena disse...

Estimado Amigo:
A sua genialidade e talento são visíveis em tudo o que faz e expressa com gigantesco brilhantismo.
MUITO OBRIGADO sincero e sentido pela sua simpatia que admiro, respeito e estimo.
Abraço forte de cordial consideração, respeito e estima
MUITO OBRIGADO sincero e sentido pela visita extraordinária.

Sempre a admirar o que "constrói" com dedicação e empenho ímpares

pena

Saudações cordiais de apreço pelo que é e na significação imensa e exemplar que constitui para todos nós.
MUITO OBRIGADO, amigo!

Ana Maria disse...

Texto bastante criativo.
Vejo muita sabedoria, amigo.
Beijinhos!

Desnuda disse...

Edu,


fico extasiada...Quando te leio, me parece outra voz que não a minha. É como estivesse assistindo um teatro, um monólogo de um homem que se rasga em palavras num ato! E ficamos na platéia catando no ar estas palavras. Onde cada um se sente participante da cena " festa-feira".


" Enfrentarei a utopia com palavras de aço. Irei de boca em boca com uma explosão de tambores acústicos declamar.."

"Aprender mil línguas para te dizer um beijo..."

"Porque não conheço sinónimos para o impossível. Porque um verso são versões que os outros dirão..."

As minhas palavras então emudecem, pois só ouço a explosão da rasgada emoção. Chegará um dia, acho eu, que aqui virei e deixarei somente ...► estes pontinhos. E neles tudo e toda emoção.



Grande abraço.

cacá disse...

arrazou

P.B. disse...

Muito bonito este teu jogo de palavras...

Gostei muito


Beijinhos

Eu sei que vou te amar disse...

Texto de uma sabedoria incrivel! Senti cada letra e mergulhei em cada palavra...simplesmente maravilhoso ler-te...
Um beijo de fim-de-semana

Maria Dias disse...

Vai meu amigo,
Voe alto e sonhe baixinho...E eu estarei daqui, te olhando e rezando por ti.

Beijo grande

Maria Dias

Caçadora de Emoções disse...

Ilusionista de Palavras,
Pasmo, deixas-me assim completamente envolvida nesses teus "truques/jogos" metafóricos de palavras! Magnífico!
"Porque a grandeza da minha razão será sempre mais luminosa quanto maiores forem os lábiosrintos da minha simplicidade".
Bom fim-de-semana.

Deixo-te um pedacinho de luz da Estrela Cadente que procurava num dos meus "Posts" e um sorriso :)

Filoxera disse...

Que inspiração!

Dois Rios disse...

Querido Eduardo,

Também estou com saudades não só do seu olhar sobre todas as coisas como das palavras tão bem ditas que leio aqui.

Estou cuidando da saúde e breve estarei de volta para deleitar-me com as suas excelentes reflexões.

Um grande e carinhoso beijo,
Inês

Conceição Paulino disse...

um percurso íntimo, não intimista, de desafio a si prórpio e afirmação ao mundo.
Bjs
Luz e paz

Val Du disse...

Chegar ao impossível só depende de nós mesmos.

Um beijo.

Li disse...

Nunca arrumes as letras na tua cabeça...assim nunca deixarás de escrever desta forma, algures entre o objectivo e o subjectivo...porque consegues não ser nem uma coisa nem outra...e isso, nem nos livros vem descrito...:)

Maravilhoso, como sempre...:)

bjitos

cacá disse...

nossa
obrigada, :)

Dry Neres disse...

Também não tenho palavras para dizer de ti.. Meus Paradoxos! :)
Meus beijos.

ETERNA APAIXONADA disse...

*****

Obrigada Eduardo pela visita!

Poeta que se auto define de forma lírica e linda!

- "É DO AR DO fluxo marítimo que decifro o meu nome -

É deste ar que todos transpiramos, na respiração palavra a palavra"!

Sinta uma brisa chegando agora e receba meu carinhoso beijo...

Tenha um fim de semana de mita inspiração e luz!

Helô Spitali

*****

Meg disse...

Eduardo,

Esta narrativa não se compadece com uma leitura apressada, como compreendes, e eu gosto de ler com tempo, reler e, neste caso, descodificar.Mas volto...

Um grande abraço

LuisaB disse...

Edu ar...do ( lol)
Gostei desta breve visita que aqui fiz hoje mas voltarei, vou linkar este blog que achei muito interessante. O do meu filhote é o que se pode no pouco tempo que vou tendo de apresentar o que ele escrevia e faz e da sua personalidade aspie.
Boa continuação, depois me pronunciarei mais sobre os textos que são muitos e longos e gosto de ler com toda a atenção.
Abracinhos

Poemas e Cotidiano disse...

Edu,
Que precioso!! Toda vez que venho aqui, sinto-me aprendendo. Sinto-me interiorizando algo seu. Que lindo!
Eu poderia citar aqui quase todos os trechos desse monologo simplesmente maravilhoso! Eh para ser aplaudido de pe por todos esses sentimentos, perguntas, respostas, e razoes...
Cito aqui alguns que me encantaram:
Mesmo sem poesia nos bolsos para comprar o pão de cada verso
Sem palavras meu amigo. Sem palavras.. "o pao de cada verso"...
Porque um verso são versões que os outros dirão.
Quanta verdade...
Edu eu estou encantada por te-lo descoberto. Eu adoro ler voce! Passaria aqui lendo e relendo esse texto, e tirando dele mil coisas...interiorizando mil sentimentos comuns a tantos seres humanos.
Voce realmente me emociona!
Beijos carinhosos
MARY
PS: Voce mereceu esse "BLOG DE OURO". Foi o melhor Oscar que ja dei!

sagher disse...

qualidade, simplicidade, método. parabéns

bat_thrash disse...

pousar o corpo cansado
céu da rede acima
terra da rede abaixo
e quem sabe uma borboleta
fazendo sombra no rosto...


Bat Kiss.

Carla disse...

Mais um belo texto de auto consciência...é por isso que eu gosto tanto de aparecer por aqui...

bj

MENSAGENS AO VENTO disse...

...adorei essa sua viagem!
Brincou com as palavras e nos levou junto...


Beijos de luz e o meu sincero carinho!

ETERNA APAIXONADA disse...

*****

Um mimo para esta noite:

O AMOR

É difícil para os indecisos.
É assustador para os medrosos.
Avassalador para os apaixonados!
Mas, os vencedores no amor
são os fortes.
Os que sabem o que querem
e querem o que têm!
Sonhar um sonho a dois,
e nunca desistir da busca de ser feliz,
é para poucos!!!

© Cecília Meireles

Tenha uma linda noite! Doces sonhos!
Beijos

Helô

*****

Graça disse...

Edu,

é tão intenso tudo o que escreves, na rajada das palavras; tão belo, pelo desconstruir da sintaxe...

"Mesmo sem poesia nos bolsos para comprar o pão de cada verso"... tu és a própria poesia-pão-que-alimenta.

Beijo grande

Maria disse...

Agradeço-te a visita que me permitiu descobrir-te...
Vou voltar para gte ler...

Pelos caminhos da vida. disse...

Vim agradecer sua visita,voltarei pra ver e ler seus post.

Otimo fim de semana para vc.

beijooo.

Regular Joe disse...

Fernando Pessoa se orgulharia deste texto. As enálages são perfeitas.
Enorme abraço, meu caro!

vieira calado disse...

Sim senhor!

Gostei muito do seu texto.

;)

Desejo-lhe um bom fim de semana.

Um forte abraço.

Avid disse...

Engoli palavra por palavra. Digeri na alma. Agora me embalo na digestao preguicosa do sentir provocado.
Lindo.
Bjs meus

A. disse...

Fascino-me com as tuas palavras.

Vou tentar prosseguir sim :)
Obrigado pelas palavras!

Espero poder contar mais vezes com a tua visita.
Beijos

Cleo disse...

Eduardo! Obrigada pela visita e por oportunizar que aqui eu chegasse.

Magnífico o que escreves e como escreves. A alma voa lindamente nesta conjugação de palavras formando poesias.

Aqui não podemos ter pressa de sair, é chegar e ficar. muito bom.

Beijos e bom final de semana!
Cleo

Anónimo disse...

Impressionou-me a facilidade que tens com as palavras, como as subjuga na tua poesia, e elas, fascinadas, te obedecem e seguem o ritmo ditado por teus sentimentos e emoções da forma como te apraz conduzi-las. Versos que dizem e contradizem e se mesclam num emaranhado de sensações que nos prende e sufoca, nos liberta e nos eleva, tudo num só movimento, sem nos deixar respirar, como se apenas uma pequena pausa pudesse quebrar o encanto.

Estou fascinada com o teu versejar!

Voltarei, com certeza!

Anónimo disse...

Esqueci de agradecer tua visita ao meu espaço (rs), acho que foi a emoção de descobrir um novo refúgio onde encantar o olhar, enternecer o coração e perfumar a alma.

Ana Monteiro disse...

Não há mais palavras.

Tânia N. disse...

Você é bom mesmo!

Licínia Quitério disse...

Muito obrigada pela visita.

Dás-te bem com as palavras. Gostas de fazer com elas os teus jogos de sedução. Bonito labor.

Um beijo.

Abraão Vitoriano disse...

ecantador! não há dizeres que possam descrever... parabéns!

Sandra Daniela disse...

Olá!
Fazes um belissimo jogo de palavras! leio e releio, e faço várias imterpretações... Como dizes: "Porque um verso são versões que os outros dirão."

Contunua sempre assim!!!
Beijinho e bom fim de semana!!!

P.S: Obrifga pela tua visita e os teus comentários!! Volta sempre!!!

Jo disse...

Passei para te deixar um beijo.
Espero que estejas bem.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

brincas com as palavras e com nuances escreves belos textos, sublinho esta frase que achei excelente:

"Números divorciados e ímpares cada um par da sua solidão."

fica um beij

Su disse...

gostei de ler.t

excelente jogo de palavras

jocas maradas

Lmatta disse...

Gostei do texto
beijos

RENATA CORDEIRO disse...

O seu monólogo está perfeito. Quanto a mim, ainda estou baqueada. Para espantar o laivo de tristeza, fiz postagem hj, sábado, sobre um filme bem atual e gostaria que você fosse ao meu Blog e me desse a sua opinião.
Um abraço,
Renata

Milena Shoji disse...

nossa, você escreve muito bem!
parabéns =)
voltarei.
bjs.

Val Du disse...

Grande "Parada", hehehehe! Meu brother.

Valeu!!

Beijos.

Anónimo disse...

Muito original...voltarei


http://www.arte-e-ponto.blogspot.com

Vanuza Pantaleão disse...

"...os versos são versões..."
Sua visita me honra muito, amigo!
Seu texto, uma preciosidade!Bjs

Ynot Nosirrah disse...

Gostei de seu blog. Voltarei sempre que puder e houver alguma novidade. Venha conhecer meu espaço e será bem-vindo.

http://conscienciaacademica.blogspot.com/

Sueli Maia (Mai) disse...

Olá! Edu, vim retribuir tua visita e percebo, que deves ser mesmo de um marítimo fluxo, EDUARDO!
Só mesmo cronos-deus ordenaria o tempo-caos que permeia esse belo poema.
Não faço idéia de como me encontraste mas, que bom! Só assim, EU te encontrei.
Não consigo expressar meu alumbramento, diante do que encontrei aqui. É uma mescla exata, precisa e mágica, de saberes que se integram. A linguagem e a química parecem se sobrepor à matemática e a física. Mas tua poesia-alquimia, misturando tempo, sabores e signos, acaba por submeter a todos.
Palavras....Estou agora numa espécie de hipnose.
Ah! Não te deixarei...Obrigada pela visita.
Abraços

Oliver Pickwick disse...

Prosa poética primorosa, amigo Eduardo! Os versos curtos, são como o sangue correndo nas veias. Pulsam.
Um abraço!

Menina do Rio disse...

Penso que a Sam expressou divinamente o que eu não saberia colocar em palavras!
(Entre)tantos, poréns, talvez fique sempre a carícia das mãos sem embates nem contradições, mas em câmera lenta fixando-se no semblante...

Um beijo

Marcia Barbieri disse...

Sempre uma maneira singular e perfeita de narrar.

beijos

mariam [Maria Martins] disse...

Eduardo, Edu, É do ar do mar, E du(vidas) não há, tem uma escrita fantástica, é um gosto lê-lo e relê-lo "em câmara lenta" ...

"Números divorciados e ímpares cada um par da sua solidão. Depois"

"Aprender mil línguas para te dizer um beijo"

"Porque não conheço sinónimos para o impossível"

Fantástico!

bom fim-de-semana
um sorriso :)
mariam

MARIPA disse...

PossodizerqueteamoEdu? Queostextoseduardianosmeseduzem?
Deixam-mecadavezmaissempre...

Beijo carinhoso,sim?

f@ disse...

A noite ilumina com brilho singular os barquinhos de papel …
Beijinhos das nuvens

AnaMar (pseudónimo) disse...

Porque és poema em poesia ...e poeta.
Bj

Pecadormeconfesso disse...

Não há sinónimos para o impossível.

Justine disse...

Impressão minha ou o jogo hoje é mais amargo, mais duro? A mim incomodou-me ler-te, especiamente aquela da alcateia de aranhas, pois se uma só já me apavora!
Mas acho que foi um incomodo produtivo:))
Abraço

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Olá Amigo, belo texto... Votos de bom Domingo... Beijinhos de carinho e ternura,
Fernandinha

Maria Oliveira disse...

Um texto para ler, reler, meditar...reflectir...É na dualidade da luz e escuridão que renascemos...

Alma sensível e inteligente...

Abraço

Osvaldo disse...

Caro Eduardo;
Escrever,... você como ninguém.
Poetisar,... está no seu sangue.
Transmitir,... a mensagem passa tal estrelas cadentes em busca de caminhos que nos levam ao infinito.
Caramba, caro amigo, você é um poço de cultura.
Um abraço

Deusa Odoyá disse...

Olá meu estimado amigo Eduardo.
que magnífico texto.
Concordo em tudo com Outono.
Nada mais a dizer.
Belo, criativo, reflexivo, e um auto afirmação em seu mundo.
Parabéns.
Uma semana abençoadad por deus.
fique na doce paz do seu blog;.
Regina Coeli.

☆Fanny☆ disse...

Paradoxalmente lindo este enredo de palavras!
Tu sabes como fazer malabarismos com as palavras e os sentidos... Tu sabes captar a atenção de quem te lê e se prende na teia da tua escrita.

Parabéns Eduardo!

Um beijinho*

Fanny

Sandra Silva disse...

Adorei este texto cheio de sentimento!

Passarei de certeza mais vezes por este cantinho...

um abraço*

LuzdeLua disse...

"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses."
Rubem Alves

Passando para te ler, deixo aqui um abraço amigo e bons desejos pra semana.

maria josé quintela disse...

de ficar sem fôlego!


gostei muito das tuas palavras "desarrumadas".


um abraço (descruzado)

nd disse...

Texto cheio de emoções...
Gostei muito,
Parabéns.

Bjs e obrigada pela visita ao meu singelo blog, volta, pq eu vou voltar por aqui.

Coisas&Letras disse...

Eduardo,
Só me resta deixar muitos parabéns pela tua escrita! Depois de lido e percebido, fico sem nada para mais dizer...
Levo sempre um abanão quando te leio, pela genialidade que encontro nos jogos de palavras e sentidos!

beijo e obrigada pela visita!

tchi disse...

Enq(u)antos.

Unknown disse...

Brilhante como sempre!
Fiquei sem palavras para comentar, excelente!

Beijinhos

A Lusitânia disse...

com os teus sagrados números escreves infinitos

vida de vidro disse...

Malabarista de palavras. Exímio, aliás. Mas cada uma vinda de algum labirinto interior que tentamos adivinhar, ao ler-te. Nesse fascínio nos prendes. **

adouro-te disse...

As tuas palavras cruzam-se ao sabor dos sons, dos significados, da sintaxe... E com elas... os teus sentimentos cruzados.
Um abraço.

miruii disse...

Gostei de ler-te e do teu espaço.
Obrigado pelas palavras.
Um abraço

Anónimo disse...

Gostei daqui.;)

Voltarei.


heloisadepaulafreitas@gmail.com

Fragmentos Betty Martins disse...

.querido Eduardo




__________desarrumação


com muito.alinho!




adorei:))







beijO___C____carinhO
bSemana

Unknown disse...

Vim deixar um beijo de retribuição!
Obrigada pela visita!
Volte sempre, que eu farei o mesmo!

Twlwyth disse...

Gostei bastante das ligações entre as ideias (luminosas).

Beijo

Andréia . disse...

Olá.
Obrigada pela visita, vim retribuir e encontro um mar de palavras, sentimentos, que me fizeram esquecer o tempo, e desejar só admirar.
Não posso imaginar como tenha chegado a mim, mas adorei.
Linda tarde
beijos

* Lília * disse...

Usas as palavras e os paradoxos como ninguém mais o faz! Em jogos de antíteses e inversões.

Beijos pra ti!

Mello disse...

Adorei o seu texto!

Lindo...

Beijinhos,


Graça Mello

Maria disse...

Olá Paradoxos, agradeço a sua visita ao meu blog a minha porta estará sempre aberta para você entrar quando quiser. Adorei o teu blog. Bjs e boa semana de trabalho.

Maria P. disse...

Longa a traça com palavras que vais construido, e cativa.

Beijinhos*

Anónimo disse...

"Aprender mil línguas para te dizer um beijo. Em todas elas pedirei a absolvição da lâmpada lá em cima que te faz confundir as estrelas com as pedras. Sonâmbulas. Pedirei. Mesmo sabendo que em nenhuma delas te vou compreender. "


Queria poder dizer algo minimamente inteligente e filosófico perante tal post.
Mas não consigo, o mérito é todo teu.
um beijo*

lena disse...

fiquei fascinada!

peguei nos números ímpares e sem qualquer métrica, li-te num voar harmonioso, saciando o mergulhar das ondas de um mar de palavras tão bem dedilhadas onde o arco-ires de prendeu

um abraço meu

lena

mundo azul disse...

...delicia de ler o seu texto!


Beijos de luz e o meu carinho...

Anjo Negro disse...

olá peço desculpa pela minha grande ausência..
cheguei hoje a Leiria, foi ao Algarve por razões negativas... hoje mais que tudo sinto que a vida é injusta e pergunto-me porque é que as pessoas tem de morrer tão novas, por acidentes... enfim perde-se mais um ente querido, chora-se e sente-se uma dor enorme que nos destroça por completo. Sinto-me impotente, sinto que não deveria ser assim, sinto medo por um dia perder alguém que não lhe possa dizer o quanto gosto dela.. sinto que talvez não possa evitar essa dor.

bjs

AC disse...

Depoimento o cacete, ias escrevendo um livro :)

Adoro o que andas a fazer com o Portugues!!

Aos que normalmente estranham as decomposições e reconstruções da nossa lingua escrita, costumo lembrar que Luis Vaz o fez como ninguém. E se muitos mais como tu (e o tal Vaz) escrevessem, não secariamos tanto este portugues tão belo de utilizar.

Gostei MUITO do conceito.

Escusava o "Depois destes monólogos confusos". Parece os realizadores americanos a explicar o obvio às plateias...

E odiei o comprimento :))

Abraço

Josely Bittencourt disse...

E poético!


:*

Aguarelas. disse...

Tanta verdade.. :)

Anita. disse...

Brincas com as palavras e constroem com elas texto que nos levam a um outro mundo.

B*

Ester disse...

Achar seu blog é um desses momentos que gostaria de eternizar..

há qualquer coisa de mágico por aqui, qualquer mistério por entre e dentro das palavras, sentidos e sentimentos, talvez seja o imã que fará com que se volte muitas e muitas vezes..


saudações,

Katia De Carli disse...

Caro Amigo
Está mais que perdoado pela ausência... sempre temos nossos motivos!
Obrigada pela oportunidade de reflexão.
beijo e luz

RENATA CORDEIRO disse...

Amigo:
Ontem foi a minha audiência do processo que movi contra o meu editor que me deve muito dinheiro, mas caí em contradição, estou péssima. Dormi até a 1 e meia de amanhã, levantei-me e tomei uma dose considerável de barbitúricos para dormir. Como não consegui, fiz um post. Gostaria que fosse apreciá-lo. É uma maneira de ter os amigos perto de mim.
Um beijo,
Renata

A Respigadeira disse...

"Porque um verso são versões que os outros dirão."

Fantástico monólogo. Como sempre.


Beijinhos

Anónimo disse...

há assimetria a volta da nossa luz,os contornos do candeeiro estão propositadamente desregulados dos angulos da esfera solitaria.sinto a tua iluminaçao vir da lampada e ser refletida na folha de rascunho que escreves,absorves os raios emitidos pelo pensamento que se decompoem em milhares de ideias e vais as criando tangentes em relaçao a poesia.
adorei paco.
Luisíndia Caetano.

Leonor disse...

palavras que se baralham num texto tão bonito??? com tanta letra, acento, sinal de pontuaç~~ao, podemos criar uma rede... inclusiva de conteúdo, compreensão e significado.

e que bem que sabe!!!

Beke rebecabekelee@gmail.com disse...

Eduardo é o cara.
Sempre manda bem.

Beijão.

delusions disse...

Porque não conheço sinónimos para o impossível.

...



Sofia*

Jhow Carvalho disse...

Olá tudo bem, muito interessante as metáforas que você pois no poema, pirei totalmente, rsrs, e bem legal essa idéias de colocar geometria em um poema

Unknown disse...

ao tempo q nao vinha aki... o tempo ta curto... mas isso sao outras conversas...

e aki volto. e relembro... q so podia ser um texto teu. de quem mais?

abraço
ate breve

Anónimo disse...

Passando, relendo, partindo, mas deixando uma estrela no teu sonhar.

Mariana disse...

está divinal este teu texto, sem dúvida :)

beijinho

almariada disse...

Olá! :)

Brincar... com as palavras, com a verdade, com os sentimentos...

As circunstâncias que te levam a escrever como escreves talvez não sejam felizes mas faz-te feliz escrever, não é assim? Abençoadas sejam e tu também! :)

Caçadora de Emoções disse...

Ilusionista de Palavras,
Passei aqui só para deixar um grande abraço, e dizer que sinto saudades da tua escrita mágica no meu "Refúgio".
Será que podes arranjar um bocadinho para passar por lá?
Bom fim-de-semana.

Mil beijos e sorrisos :)))

Anónimo disse...

NOSSA!!!!
Li num gole só! Perfeito!
Conseguiu matar minha sede por algo incontrolavelmente excitante e belo...
Sonharei hoje com o que escreveu...
Certeza!!!


Boa noite!

Inez disse...

Simplesmente fantástico !

Auréola Branca disse...

"Porque um verso são versões que os outros dirão..."

E dos teus versos e interrupções poéticas, digo: Perfeição. Perfeição está em ti!

Paulo Lopes disse...

Texto cheio de belas imagens poéticas, fechaduras do silêncio e sinónimos para o impossível apenas duas que ficam a bailar de forma magnética.

É muito difícil comentar-te em consciência Eduardo, as ideias jorram a uma velocidade impossível de acompanhar.
Faço a minha maior vénia de admiração a essa corrente de imaginação que me parece inesgotável.

Um abraço,

bombom de laranja disse...

olá folgo em saber que há alguem com quem me identifico.tens uma escrita algo caótica,desordenada e é precisamente isso que me atrai e impele a te descobrir.continua mas desenvolve,há algo na tua escrita que me faz pressagiar o inolvidável.

bombom de laranja disse...

parabens!!!!!