sábado, 12 de novembro de 2011

Diverso

A verdade, seja ela qual for, vou devolvê-la ao rio devoluto no fundo dos teus olhos. Pode ser que os meus, cansados de te amar à primeira vista, se transformem em horóscopos d´água e se deixem ficar, por mais uma noite, límpidos. Se tal não acontecer, paciência.

Porque tu, amor, tu e todas as máscaras pintadas a lápis de cor, são bengalas que se movem sozinhas dentro dos meus passos, são insónias que hão-de amadurecer e cair de sono à cabeceira da cama, quando elevarmos a verdade ao infinito e não restar outro caminho, senão apelarmos à memória para nos salvar da indiferença.

6 comentários:

Princesa do Mar disse...

Magnífico murmúrio! Sílabas inquietas, sussurro de um coração que almeja a transparência dos sentidos, a plenitude de um sentir.

Um beijo do meu (a)Mar

Bípede Falante disse...

Dilacerante e com tanta beleza que dilacera ainda mais.
beijoss

Sol disse...

um grito contido e conformado..
adorei!!

bjs.Sol

maria josé quintela disse...

"elevar a verdade ao infinito" será a fórmula do amor.


obrigada pela passagem no chão...

um abraço.

Cristina Ferreira disse...

Interessante e bonito.
Um abraço.

Utilia Ferrão disse...

Os olhos são o espelho da Alma...
Obrigado pela sua visita no meu cantinho.

Maravilhoso.
Abraço da Utilia Ferrão